quinta-feira, 21 de março de 2013

Alma descosturada


Devia saber desde o começo
o que fazia quando chorava
todas as xícaras quebradas
e ideais jogados no tempo
quantas vezes ligou à noite
quanto tempo apostou em nada?

mas sempre foi o ritmo das estocadas
que ditava o pulsar das veias
pequenas faíscas
virando incêndios incontroláveis
e é aí que o dilema habita
na forma voraz de consumo

e ainda ressoa a velha pergunta
“o que quer de mim, baby?”
então, a velha pergunta
“o que quer de mim, baby?

pois querem o que não
poderia ser sugado
por nenhuma língua
é mais que isso
é desejar em segredo
a pior dor que se pode causar

desmancha a costura
o homem fora de sincronia
sem eixo e queimando
em seu próprio jogo
tentando achar outro tipo
de ligação interna









7 comentários:

  1. Gurias,

    Parabéns pelo blog. É sempre um alento para a alma ver um espaço que congrega desenho e poesia, duas artes tão leves quanto uma pluma e tão precisas quanto o corte de uma espada.
    Larissa, teus poemas me atravessaram, eu senti as tuas palavras ecoando em mim. Foi muito intenso.
    E Yatap, sem comentários esse coração na mão, tu arte me cativou.
    Eu também faço parcerias com escritores,amigos e amigas das Letras que dão significado à minha humilde arte.

    Grande abraço e sucesso com o blog. Que vire livro!!!

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  2. Lidiane,
    muito obrigada por seu comentário, você não sabe como é importante incentivos como o seu...
    *e que vire livro!!!

    Grande abraço querida Lidy.

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  3. Lindo de mais! O desenho e a poesia.

    Beijos e sucesso pra vcs

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  4. Combinação perfeita entre texto e imagem.
    Parabéns <3

    Beijos
    Luizando

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  5. Vejo dois corações que transbordam beleza, o da arte e o da poesia.

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